Havia indícios de mudança no clima, todos estavam de sobre aviso.
Nunca ninguém imaginava que o pior aconteceria, mesmo tendo sido alertados.
De repente, em pouquíssimo tempo, um tornado abateu toda a cidade.
Foi horrivel!
Ninguém acreditava no que estava presenciando no Brasil.
Tudo era fora daqui... longe... ninguém dava importância aos efeitos climáticos... a vida continuava normal para todos apesar de que, em outros paises, as coisas já denotavam como seria, caso acontecesse.
Já no ano anterior, outro Estado havia sofrido uma inundação cabulosa. Tinha sido medonho.
O Brasil, que tem fama de ser tropical e sem tragédias climáticas, estava agora dentro dos efeitos danosos da clima.
O que fazer para evitar que nos atinjam piores tragédias como ocorreram já em países considerados de "primeiro mundo" e, agora, está diante dos nossos olhos, bem dentro do nosso coração?
Socorrer os que perderam tudo... dar consolo aos enlutados? ...
Estamos nas mãos do nosso descaso com a Terra.
Gastamos demais os bens que nos foram dados, estamos pagando o alto preço pelo desperdício, UM VERDADEIRO ATOLEIRO.
Estamos não só dentro do "olho do furacão" como também à mercê de um pesadelo interminável ou que extinguirá com tudo...
Para quem tem fé, cabe pedir ao Bom Deus, sua eterna Misericórdia.
Um dia, uma jovem senhora negociou todos seus pertences para concordar com seu marido e domiciliar-se em outro país da ascendência dele.
Em meio a toda sorte de promessas de uma prosperidade, visto que ele não se dera bem com a familia dela, resolveu lhe dar uma oportunidade pelos martírios que já havia passado no Brasil.
Ele foi preliminarmente e ela, após deliberar documentação (passaportes) que, na época, não era como hoje no Mercosul.
O proceso foi muito doloroso, com todo tipo de trastornos, tinha tido seu último filho e, ainda no reguardo, teve que partir somente com suas crianças e a roupa que coube nas bagagens. Nada mais...
Só que, na véspera de viajar para outro país, sofreu um assalto e levaram tudo que ela tinha resgatado no banco para o itinerário, absolutamente tudo e o que ela havia vendido. Muito jovem, há muitas décadas, tinha pouca experiência com a questão financeira.
Nunca lhe passou pela cabeça que era um sinal de que não deveria ir.
Uma amiga de muitos anos lhe emprestou uma soma que dava para viajar sem problemas, só que sem respaldo maior para o que viria...
No voo direto, sem conexão, sem nenhuma turbulência e uma das crianças, com menos de um mês de vida, acomodada num bebê conforto e mamadeiras pois ela teve uma quebra de resguardo por aborrecimentos e seu leite desapareceu de um dia para outro, não podendo mais amamentar.
Chegando ao tal país, foi bem acolhida no aeroporto e mal sabia ela o que lhe esperava. Nada era como seu esposo lhe fez crer.
Teria que morar com a sogra que foi sempre uma verdadeira 'bruxa'. Infelizmente, a teoria com aquela mulher impiedosa não saiu do habitual, era uma verdadeira cobra revelada logo nos primeiros tempos de convivência.
A jovem senhora começou a adoecer, muitos aborrecimentos lhe infligiram a radical mudança de vida.
Um único mês do ano em que fazia calor e era saudável, aproveitava para ir com as crianças à praia na capital, morava perto e ia à pé com eles, parando nos parquinhos para diverti-los. Era o único alento que tinha.
Parece uma história da carochinha, mas foi verídica e ela, ao fim de alguns poucos anos, persuadiu seu esposo a retornar ao seu país de origem. Na época, com o visto vencido, estava praticamente refém do marido. Como tinha um familiar dele na imigração, conseguiu voltar e depois de muito sobressalto e adversidades, pode se livrar dele de uma vez por todas.
Seu amor havia passado pela fase Encanto e Desencanto.
Ela que tinha muita fé e garra de leoa, conseguiu sair da desolação constante e soube ascender à Integração e até à Reintegração.
Na vida, doutrinou-se, fora tocada pelo condão mágico do amor, deixou seu sapatinho no coração de quem não a mereceu, viajou na abóbora da ilusão, o príncipe virou sapo e conviveu com a maçã envenenada ofertada pela bruxa má.
Como tinha uma Fada Madrinha que lhe protegia, pode se reerguer como águia.
Hoje em dia, seus filhos já criados e adultos responsáveis, sua vida tem sentido desde que se viu liberta de um narcisita nato.
"As pessoas mais fortes que eu conheço são mulheres que já se quebraram em mil pedaços, mas continuam se reconstrindo."
Aprendeu com o Pequeno Príncipe:
"O pequeno príncipe pergunta (Questiona) à serpente:
- Você não se sente sozinha aqui no deserto?
E ela lhe responde:
- "No meio da multidão, também nos sentimos sozinhos."
(O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint Exupéry)
Também com Machado de Assis:
"Não precisa correr tanto; o que tiver de ser seu às mãos lhe há de ir."
P.S. Aqui no Brasil, temos há anos, uma iniciativa toda quinta-feira (jueves) da querida amiga Chica, coincidindo com a dos queridos amigos da Espanha, Chile, Argentina, que tenho acompanhado desde o início do ano. Assim que faço logo no início da semana para não colidirem ambas.
Aproveito o ensejo para agradecer aos amigos dos 'JUEVES' que me leem com toda atenção e me incentivam muito com seus eloquentes comentários. Vocês chegaram ao meu contato virtual quando no Brasil estava tudo muito devagar em termos de blogs e desafios... A amiga Chica comentava comigo. Animaram-me muito, pois escrevo por prazer. Além do que as propostas de vocês são muito ricas e interessantes, desafiadoras mesmo. Adoro discorrer sobre outros assuntos diferentes dos que estava habituada. Mexem com nossos neurônios.
Na vida, muitos não tivemos nosso próprio pedaço, nosso quinhão.
Vivemos de migalhas de amor, quando sobrava um tico, um naco, nos regalávamos um pouco, de tão pouco que era...
NOSSA MORTE DIÁRIA acontece no sofrimento cotidiano, solitariamente se vivendo, incompreendidos por sermos defensores de um modo de vida pessoal, de uma opção, por termos medo de tantas coisas, alguns medos não infundados, eles vêm de uma vasta experiência profunda de seres humanos, da profunda falta de amor que habita no fundo do coração do ser humano criado peloAMOR.
Nossa morte para as delícias que Deus criou para cada um de nós:
Ela tinha tempo, era ela tão novinha, quando o amor lhe foi tirado sem que ela entendesse nada da vida.
Mesmo que o tempo se encarregasse de renovar essa dor, ainda a sente forte dentro do seu peito, como se nela estivesse cravada uma espada.
Seus olhos estão cheios de lágrimas porque o amor morreu para ela.
Seu coração esteve num luto eterno durante muito tempo e voltou a estar.
Há dor e muita tristeza em seu ser desde que foi experimentando mortes ao longo da sua vida.
"Todo mundo tem alguma coisa de bom para falar de você. Só estão esperando você morrer para falar".
Lembremo-nos:
"Nada podemos levar, nem sucesso, nem nossos haveres e nem as pessoas que amamos. Só podemos estender nossas mãos vazias e entregar-nos a braços acolhedores. Cientes da morte, poder viver resignados, mantendo uma distância correta das coisas. Nosso trabalho, nossos bens, as pessoas que nos cercam, tudo recebe sua medida exata. Viver com a morte significa também viver conscientemente e bem o momento presente, sentir o que é a vida em última análise: um presente. Não se trata de uma conquista nossa".
"Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso.
Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração.
Não é assim.
Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.
És uma consagrada ou um consagrado?
Sê santo, vivendo com alegria a tua doação.
(Gaudete et Exsultate)
O mundo anda cheio de pessoas bélicas com sangue nos olhos.
Sejamos da paz!
Paz e bem aos amigos no Dia de Todos os Santos.
Quem muito sofre injustiças, Deus compensa com paz Interior.
Algo sonhado por muitos e não encontram nunca porque são da guerra, injustos e insensíveis.
A coroa de santidade foi dada aos que padeceram toda sorte de humilhações em vida. É em vida que se é santo (ou não).